Do conceito a experiencia efetiva. Desde a mais básica informação até uma tão importante tomada de consciencia, exercícios foram propostos um após o outro, levando-nos a uma reflexão acerca do que é REALIDADE comparada a uma mera representação VIRTUAL.
No começo era tudo novidade, as possibilidades de simular as três dimensões enriquecidas por efeitos de luz e sombra, texturas, perspectivas, dentre outros recursos oferecidos pelo Sketchup, demonstraram para nós o conceito de modelagem, como uma abstração da realidade cujo comportamento desejamos estudar, reduzindo esta a um modelo virtual com características suficientemente semelhantes.
Em seguida, foi especialmente trabalhado o conceito de "peso" nas modelagens virtuais, a partir de um exercício que propunha a criação de dois objetos que representassem a impressão de leve e pesado, utilizando para isso recursos como cor, tamanho, textura, opacidade, e disposição no espaço. Nesse exercício foi interessante perceber que um objeto aparentemente leve pode receber uma configuração diferente, ou só ser observado a partir de outro ângulo e se tornar extremamente pesado, acontecendo o mesmo com um pesado, nos mostrando pela primeira vez a diferença existente entre a concepção de uma ideia e sua efetivação como obra, isto é, para que se tenha verdadeiro domínio sobre o projeto, é necessário que exista uma preocupação constante com a intenção que se deseja transmitir ao observador.
A partir desses objetos, foi solicitado que escolhêssemos um e desenvolvêssemos a partir dele uma relação de três escalas, dessa vez para apreendermos as diversas possibilidades de uso de um sólido em tamanhos diferentes, como no caso de um cubo, que pode ser um assento, uma mesa, ou uma habitação, dependendo da escala em que for projetado.
O próximo passo foi a escolha de um desses três objetos em escala para ser transformado no objeto de um colega, em um exercício denominado "hibridização", interessante no sentido de ter nos dado a possibilidade de fugir um pouco de nosso próprio trabalho, e explorar novos espaços e relações entre formas diferentes e a maneira como elas se adaptam umas às outras nas chamadas "quimeras", que não são nem um objeto, nem o outro, são algo a parte, algo novo.
Reunindo cerca de 10 quimeras, tínhamos uma espécie de museu de esculturas em pontencial, e foi justamente essa a proposta do próximo exercício. Usando conceitos de deriva dos situacionistas, em que o homem tem a possibilidade de interagir com o meio que o cerca adaptando-o de acordo com sua vontade e necessidade, fomos incumbidos à tarefa de propor um "parque" para dispor as quimeras, possuindo um sentido de orientação definido, sem ser, no entanto, limitado, apenas ensinuado, usando nesse processo um de vários diagramas propostos em sala, tais como texto, transparencia, rítmo, etc, que desse o sentido de integração dos objetos ao espaço projetado, utilizando sempre o recurso de visitação oferecido pelo Sketchup, de maneira que fosse possível simular e experienciar a própria obra, prática essencial no fazer arquitetônico.
Enfim, fomos desafiados a transformar o virtual em realidade, construindo uma maquete física baseada no "parque" de um colega. Sendo a concepção do modelo virtual baseada em um estudo das diversas possibilidades de manipulação da forma no espaço, a execução da maquete física, ao contrário vem mostrar as limitações do próprio espaço na manipulação da forma, como o efeito da gravidade sobre os objetos, levando a uma tomada de consciência mais profunda acerca do fazer arquitetônico como manipulação do espaço no tempo.
Para isso, e levando em conta tal reflexão, na feitura da maquete são tomadas decisões estruturais no intuito de atender à proposta e ao mesmo tempo propor novas soluções que adaptem o ambiente criado na modelagem à realidade em que vivemos, sujeita às leis da gravidade e à subjetividade interpretativa de cada observador, que ao participar, apreender, adaptar e interferir naquilo que o cerca, efetiva o fazer arquitetônico em um de seus sentidos mais profundos, na tríade vitruviana, “firmitas, utilitas e venustas” , firmeza estrutural, funcionalidade e harmonia estética.
quarta-feira, dezembro 15
domingo, agosto 8
Pavilhão de Feiras e Exposições "Carrossel"
A proposta do Pavilhão de Feiras e Exposições “Carrossel” tem seu fundamento no ideal de integração e funcionalidade do espaço construído, visando um máximo aproveitamento deste ao levar o público a interagir com a construção em suas diversas peculiaridades, desde a estrutura em espiral ascendente, que por si só já induz o visitante à ordem de visitação previamente desejada, até o emprego de determinados materiais que possibilitam uma integração visual entre os quatro módulos ou mesmo entre os dois níveis que compõem cada um deles.
Tal integração visual desempenha um importante papel na medida em que dá ao visitante a possibilidade de escolher para onde irá a seguir, sem ter que necessariamente se deslocar até cada módulo, uma vez que já iniciou a visitação.
Nesse sentido, foram planejados dois acessos para cada módulo (exceto o último), e entre o térreo e o último nível, que dialogam com a estrutura central de maneira a dar ao visitante a possibilidade de escolher por onde deseja entrar ou sair, de acordo com o trajeto que decidir fazer.
No intuito de conferir certa unidade à construção, ocorre a repetição de elementos estruturais e esquemas de cor, conferindo ritmo à composição, alterados somente quando adaptações ao todo se fizeram necessárias, dando a todos os espaços as mesmas potencialidades e a possibilidade de explorá-las de diferentes formas simultaneamente.
No interior dos módulos, existe uma escada em espiral que interliga os dois níveis, destinados aos eventos, escada essa delimitada por paredes transparentes, através das quais pode-se ver e não ser visto, assim como degraus transparentes, que incorporam à proposta de máxima integração espacial inerente a toda a construção.
Obs.: O jogo de visibilidade e não visibilidade entre os módulos e os níveis que compõem cada um deles é planejado de maneira a estimular a visitação e a experiência efetiva de cada ambiente. Note que quem está do lado de fora de um módulo não vê tudo que se passa dentro dele, enquanto quem está dentro de um módulo tem uma visão privilegiada de tudo. Assim como quem situa-se no nível superior de um módulo pode ver o que se passa no inferior e exterior, enquanto quem ainda está no inferior tem só um vislumbre do que encontrará quando subir.
PS.: Em defesa de meus erros estruturais (alguns foram esteticamente propositais), falta de segurança, acessibilidade, conforto e etc, etc, etc... ainda quero/vou aprender a manipular algumas coisas de um jeito que fique bacaninha, por isso omiti todas elas, além disso, esse é só um “esboço” de uma ideia muito louca que tive, cheia de significados subjetivos pra mim, aí já viu. Releve, por favor, só enquanto eu não posso por em risco a vida de ninguém.
“Arquitetura não constitui uma simples questão de engenharia, mas uma manifestação do espírito, da imaginação e da poesia.” - Oscar Niemeyer
Viu, viu, viiiiiiiu????????
=X
terça-feira, março 23
Modelagem em Arquitetura
“Conceitualmente, MODELO é uma abstração da realidade cujo comportamento desejamos estudar, simplificando, se não podemos estudar algo devido ao seu tamanho ou complexidade, reduzimos o objeto de estudo a um modelo cujas características são similares às do objeto de estudo porém descartando características ou comportamentos menos importantes ou secundários.
São exemplos de modelos:
-Gráfico esquemáticos - Organogramas, Fluxogramas
-Desenho técnico - Plantas, Cortes, Perspectivas
-Modelos físicos em escala – Maquetes”
Fonte: http://www.alden.com.br
Através de programas de modelagem (SketchUp, AutoCAD, etc) o arquiteto tem a possibilidade de criar os chamados modelos - representações da realidade planejada ou observada. Eis a finalidade primeira da modelagem em arquitetura, fornecer ao arquiteto uma maneira prática de elaborar e expor seus projetos, a partir de um software capaz de simular formas tridimensionais, sujeitas ao efeito da perspectiva, relações de proporção, incidência ou não da luz, entre outras características observadas, em poucos segundos, o que facilita significativamente o trabalho realizado pelo arquiteto.
São exemplos de modelos:
-Gráfico esquemáticos - Organogramas, Fluxogramas
-Desenho técnico - Plantas, Cortes, Perspectivas
-Modelos físicos em escala – Maquetes”
Fonte: http://www.alden.com.br
Através de programas de modelagem (SketchUp, AutoCAD, etc) o arquiteto tem a possibilidade de criar os chamados modelos - representações da realidade planejada ou observada. Eis a finalidade primeira da modelagem em arquitetura, fornecer ao arquiteto uma maneira prática de elaborar e expor seus projetos, a partir de um software capaz de simular formas tridimensionais, sujeitas ao efeito da perspectiva, relações de proporção, incidência ou não da luz, entre outras características observadas, em poucos segundos, o que facilita significativamente o trabalho realizado pelo arquiteto.
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